terça-feira, 18 de maio de 2010



Estreou nesta segunda-feira o novo folhetim das 21h da Rede Globo, “Passione”. De Sílvio de Abreu, a novela já era aguardada com muita ansiedade pelos telespectadores e também por toda a mídia e até pela própria emissora, pois apresentava, desde a sinopse até as chamadas, tudo que era necessário para recuperar a audiência do horário e fazer com que todos se esquecessem do fiasco que foi sua antecessora, “Viver a Vida”.

Com tanta ansiedade, a expectativa só aumentava e a cada cena que ia ao ar, tudo era analisado, desde as atuações, até a cenografia, figurino, mas principalmente a história. Sílvio de Abreu sempre foi mestre em costurar ótimas histórias e mostrá-las muito bem com uma excelente apresentação ao público já no primeiro capítulo.

O que se viu neste primeiro momento em “Passione” tem realmente o dedo de Sílvio de Abreu. Num único capítulo, tivemos tantas informações, tantas seqüências, tantos acontecimentos que nem em toda a história de “Viver a Vida” ocorreu, traço característico de um autor policial como é Sílvio. “Passione”, neste primeiro momento, não mostrou uma história forte para os protagonistas. Na verdade, o folhetim demonstrou uma história forte. E uma história forte que rege a vida de praticamente todos os núcleos da novela, exatamente como deve ser num folhetim tradicional.

A história do filho de Bete Gouveia (Fernanda Montenegro), que há 55 anos foi dado como morto e agora descobre-se estar vivo e vivendo na Itália (interpretado por Tony Ramos), vai mexer com diversos personagens e mudar o rumo da história de praticamente todos, mostrando o que é uma novela muito bem amarrada.

Neste primeiro momento, as apresentações de cada um dos personagens foi muito bem feita. Já é possível saber o que pretende e o que busca cada personagem da história e isso é o mais importante, porque uma boa história “Passione” tem. As interpretações é que foram o ponto baixo deste primeiro capítulo. Um elenco afinado, cheio de grandes nomes, mas que poucos corresponderam neste começo. Os destaques positivos ficaram por conta da brilhante Fernanda Montenegro, que roubou a cena já logo no início, para a excelente composição de Tony Ramos e para Aracy Balabanian mostrando que pode ser a dona da história. Já como aspecto negativo tivemos Carolina Dieckmann completamente perdida, Marcello Antony e sua eterna cara de paisagem, mas principalmente Reynaldo Gianecchini, pior até o momento.

O que se pode dizer ao final do primeiro capítulo? “Passione” veio para ficar. Em um capítulo já fez com que todos se esquecessem de “Viver a Vida” e criou expectativa e torcida pelos próximos capítulos dessa trama que promete ser eletrizante. Mesmo com uma audiência baixa neste primeiro capítulo (36,4 pontos, segundo a prévia), o folhetim tende a crescer e deve sem problema algum recuperar a audiência no horário. Há cheiro de sucesso no ar.

Fonte: DANIEL CÉSAR

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