terça-feira, 21 de setembro de 2010



Stingray foi uma série de marionetes para a televisão, criada por Gerry e Sylvia Anderson e produzida pela AP Films para a ATV e ITC Entertainment, apresentado originalmente na Inglaterra, pela ITV, entre 4 de outubro de 1964 à 27 de junho de 1965, num total de 39 episódios de 30 minutos aproximadamente.No Brasil a série foi apresentada pela TV Tupi na década de 70-dentro do Programa "Capitão AZA". A série foi a terceira aventura do produtor Gerry Anderson numa técnica criada por ele chamada de Supermarionation. Também foi a primeira série de Anderson produzida a cores e provavelmente a primeira série de bonecos a atingir a audiência de um público mais adulto, uma fórmula que se pode sentir mais claramente em seu próximo trabalho, Thunderbirds.Stingray era um submarino atômico de alta tecnologia, armada com possantes mísseis e pilotada pelo capitão Troy Tempest, um norte-americano nascido em Nova Iorque no dia 4 de janeiro de 2038.Como era norma dos heróis de Anderson, a aparência física de Tempest era baseada num ator famoso, e desta vez o escolhido foi o favorito de sua esposa Sylvia Anderson, que gostava do ator James Garner. Stingray ficava baseada em Marineville, onde também ficava o quartel da WASP (Word Aquanaut Security Patrol) uma Patrulha Aquática para Segurança Mundial, uma divisão de um governo internacional, responsável pela patrulha dos mares.Sem que o resto do mundo tomasse ciência da existência de outras civilizações submarinas, a tripulação da nave era constantemente ameaçada pelo maldoso aquafibiano Titã, senhor todo poderoso de uma cidade subaquática de Titanica.

No final dos anos 60, uma série de TV, produzida na Inglaterra com técnicas de Supermarionation, conquistou não só os súditos da Rainha, como também, fãs em todo o mundo. Exibido aqui no Brasil pela Rede Tupi, no Clube do Capitão Aza em plenos anos 70, Capitão Escarlate foi sucesso entre a criançada da época. A exemplo de outros marionetes famosos como Thunderbirds, Stingray e Joe 90, fez parte daqueles inesqueçíveis programas de televisão que ficaram na história.

domingo, 12 de setembro de 2010





Estúdio da novela “Beto Rockfeller”, da TV Tupi Foto: Divulgação



Como cidade cenográfica de novela, onde há a igreja, o boteco, a pracinha, o barbeiro e a banca de jornal, todos se conhecem no quarteirão formado pelas Avenidas Doutor Arnaldo e Professor Alfonso Bovero com a Rua Piracicaba, no Sumaré, Zona Oeste da capital paulista. É que desde 18 de setembro de 1950 a vizinhança é habitada por esse pessoal da televisão.A Tupi fechou as portas em 1980, mas seu elenco continuou a frequentar as calçadas e mesas da Lanchonete e Pizzaria Real, contracenando então com o pessoal do SBT, que veio a seguir. O local é uma espécie de sucursal dos estúdios ali colados, agora dominados pelos moderninhos da MTV Brasil e pelos boleiros dos canais ESPN, que ocupam a Rua Piracicaba, 175.Dos quatro estúdios que serviam à Tupi, um é alugado pela MTV, dois pela ESPN e o quarto, onde Vida Alves e Walter Forster gravaram o primeiro beijo da TV brasileira, em 1951, virou sala de manutenção da ESPN. São todos inquilinos de Silvio Santos, que ficou com o Canal 4 de São Paulo após a falência da Tupi. Silvio só não é dono do Edifício Vitor Civita, também erguido pela Tupi, em 1965, com painel de Candido Portinari na lateral, sede da MTV.Do outro lado da rua está o Parque da Sabesp, que foi cidade cenográfica da novela “Beto Rockfeller”. “A gente botava uns tapumes, engatava um caminhão no outro, passava cabo aqui e ali, mas dava tudo certo”, conta o diretor de externas Francesco Calvano, de 64 anos, que trabalhou na Tupi de 1964 a 1980.Naquele tempo em que “Big Brother” não existia, as mesas da Real eram infalíveis para quem buscava um lugar aos holofotes. E nem com seis décadas de frequência célebre o local perdeu fôlego para atrair curiosos. “A Daniella Cicarelli, coitada, logo depois da história com o Ronaldo, nem podia pisar aqui”, conta o garçom Izaque Silvino da Costa, de 46 anos, há 26 na Real. Izaque é um dos garçons que o pessoal da televisão conhece pelo nome. MTV e ESPN têm mesas cativas na Real. “Nossa maior apreensão no momento é garantir a presença dos nossos garçons, das nossas mesas e do pudim de leite condensado”, fala o diretor e apresentador da ESPN, José Trajano. É que a Real foi vendida, há coisa de um mês, para o mesmo grupo da Bella Paulista e da Villa Bahia.

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