sábado, 2 de janeiro de 2010

TV Excelsior












"A Moniquinha é uma gracinha!"
Ano: 1965.
Local: auditório da TV Excelsior, a Globo da época.
Apresentadora: a mesma Hebe de hoje. Com seu carisma e carinho para com seus entrevistados.
E lá estava eu, com uns anos a menos e um personagem a mais: a Mônica em pessoa, do "alto" de seus cinco aninhos.
As minhas histórias em quadrinhos começavam a se espalhar pelo país. O Bidu, o Cebolinha, o Cascão, tinham acabado de ganhar uma coadjuvante de peso, baseada na minha filhinha Mônica. E com o espaço que o novo personagem estava ganhando, a produção do programa de entrevistas da Hebe Camargo nos convidou para sentar no seu famoso sofá.
Preparei grandes painéis com desenhos dos personagens. Serviriam de "pano de fundo" para a entrevista.
E comecei a preparar, também, minha filhinha Mônica para o que viria.
Ela já acompanhava de perto o que havia na TV e tinha suas preferências quanto a cantores, apresentadores, programas, etc..
Eu, então, imaginando perguntas que poderiam ser endereçadas a ela pela Hebe, sugeri algumas respostas.
Expliquei algumas coisas e torci para que ela não ficasse nem nervosa nem esmagada num ambiente estranho.
Mas na noite da entrevista quem ficou à vontade foi ela. Eu é que não conseguia me manter muito calmo.
Afinal, o programa era um dos campeões de audiência e uma ótima oportunidade de exposição para um artista que iniciava a carreira. Fora a sensação de que, com a Mônica ali, qualquer coisa poderia acontecer fora do escrito e programado.
Mas felizmente não aconteceu tanto assim. Hebe conduziu muito bem a entrevista e a coisa ia bem calma, com a Mônica sentadinha, coelho ao colo, até que, em certo momento ela me puxou pelo braço e me perguntou baixinho: "ela não vai fazer perguntas pra mim?"
Afinal, eu havia dito à minha filhinha que a Hebe iria lhe fazer uma porção de perguntas. Hebe ouviu e daí começou, realmente, a conversar com Mônica.
Um papo gostoso, espontâneo, onde Hebe queria porque queria, em certo momento, que Mônica dissesse que seu cantor predileto era o Roberto Carlos - maior vendedor de discos naquele tempo. Mas mais uma vez Mônica teimou e botou sua própria opinião: ela gostava mais é do Ronnie Von.
E também contou que tinha acabado de ser "atropelada". Hebe se espantou e perguntou como é que tinha sido. E a Mônica se levantou, apontou para o traseiro e disse que o carro lhe tinha batido na bunda.
Era verdade. Felizmente sem maiores gravidades.
E a entrevista rolou com esse clima até o fim, gerando um bom momento da televisão, de nossa história e algumas fotos que ficaram nos nossos arquivos pra você ver aqui.
Aproveito para esclarecer que o coelho que aparece nas fotos é o real, verdadeiro, primeiro, que inspirou a criação do Sansão, nas histórias em quadrinhos que se seguiram nestes anos todos. Originalmente era amarelo (pena que a foto não seja em cores) mas que depois virou azul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário