sexta-feira, 27 de novembro de 2009






Quem conhece um mínimo de televisão já consegue concluir algumas coisas, sempre que a Globo anuncia algum desenho na TV Globinho: ou vai ficar muito pouco tempo no ar, ou será picotado, ou virá sem a abertura, e o que é mais comum: todas as alternativas juntas.Quando se trata de desenhos inéditos, menos mal; crueldade mesmo é quando eles fazem isso com desenhos já conhecidos do grande público. Como por exemplo, foi a traumatizante passagem do Pica-pau pela emissora carioca, que teve a mesquinhez de cortar um desenho que não chega a ter dez minutos de duração.E desde a semana passada, isso vem acontecendo com outro importante marco na vida de vários americanos: o desenho animado Ducktales, da Disney, exibido no SBT em meados dos anos 90.Nunca foi o meu desenho preferido. Mas, se há dez desenhos que marcaram a minha infância, certamente Ducktales está entre eles. E isso inclui tudo: desde a abertura fantástica, até a dublagem minuciosamente perfeita, até o próprio desenho em si: muito bem feito e produzido. Tanto que foi com ele que eu aprendi o significado de inflação, num episódio de que não me recordo.Com os cortes, perdem-se momentos preciosos do Tio Patinhas, do Professor Pardal, de Donald e seus sobrinhos, da Ana Paula Padrão Maga Patalógica...Na Globo, para o desespero dos que tinham esperança de reviver velhos tempos, aconteceu o pior (porém previsível): cortes pirotécnicos, abertura resumidíssima, incerteza do quanto ficará no ar. Eu, particularmente, espero que não dure muito tempo. Não quero que as crianças de hoje cresçam achando Ducktales uma perda de tempo.

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